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21/12/2012

O meu fim de mundo perfeito


 O mundo não acabou. Mas muitas pessoas ainda torcem ou acreditam no fim do mundo, aceitando ou criando teorias e boatos bizarros, como o alinhamento de planetas que causarão catástrofes, fazendo entrar em erupção vulcões mega caralhentos, ou a aproximação de um suposto planeta errante chamado Nibiru, ou até mesmo cometas e terremotos catastróficos na Terra, mais violentos que Brasilândia.

 Todos esses boatos e teorias apocalípticas já foram desmitificadas pela NASA, então podemos estar tranquilos. Por enquanto. Afinal, ainda estamos aqui. Mas, e se o mundo acabasse? Melhor ainda: e se você pudesse escolher como iria acabar a nossa existência?

 Esqueça esse papo de chuvas de meteoros, aquecimento global, ou extinção em massa com guerras nucleares. Pessoalmente, o meu fim de mundo ideal teria o seu começo relacionado ao LHC, o Grande Colisor de Hádrons. E o que é isso? LHC é um acelerador de partículas, com 27 quilômetros de circunferência, há mais de 100 metros abaixo do solo. Ou seja, o bagulho é GRANDE PARA CACHORRO. Provavelmente bem maior que sua cidade. O que essa prexeca faz? Ela faz uns bagulho aí relacionado a partícula, massa, universo... papo de cientista/astrônomo/astrofísico.

 E por que tudo começaria nessa super perimboca científica? Porque, meu caro, essa engenhoca poderia criar um buraco negro que poderia sair por aí botando pra fuder, destruindo e engolindo a gente em questão de milissegundos. Não sei se isso foi comprovado ou se foi desmentido, mas vamos tomar como um fator ALTAMENTE PROVÁVEL.

 E aí que o negócio começa a pegar fogo. Em um dos vários experimentos do LHC, um teste começa a ser realizado no acelerador de partículas. O objetivo é grande, e embora pareça um pouco arriscado, tudo aparenta estar sobre perfeita ordem... quando a porra toda começa a explodir pelos ares, criando um buraco negro de proporções catastróficas. O buraco negro começa a se expandir lentamente, aos poucos, sugando os físicos, as pessoas, os vermes na terra, as árvores, tudo. Em segundos, o mundo começa a virar uma grande bola distorcida, sendo vaporizada pouco a pouco, eternamente para o nada.

 Ao mesmo tempo, abre-se uma fenda no espaço-tempo dimensional, e portais do passado começam a se abrir por todo o planeta, começando a cair guerreiros romanos e dinossauros desses portais. Os guerreiros começam a atear fogo nas cidades sem nenhuma razão, até porque são guerreiros. Os dinossauros passam a aterrorizar o mundo inteiro, comendo a cabeça das pessoas sem misericórdia. Paralelo a todos esses acontecimentos, os humoristas de internet continuam a fazer piadinhas no Twitter e frases retardadas em imagens sem nenhuma relação no Facebook. As pessoas começam a se estrangular, a cometerem suicídio, a roubarem gasolina sem nenhuma aparente razão, a lutarem por estoque de alimentos, e invadem usinas de materiais tóxicos e radioativos pensando que eram fábricas da Dolly.

 As forças militares de todo o mundo tentam em vão lutarem contra os dinossauros, que agora estão equipados com metralhadoras AR-15 sob seus braços, graças a explosão do LHC e a invasão das fábricas de radiação, que tomou conta de toma a atmosfera global. Os guerreiros romanos também ficam mais fortes e poderosos do que nunca, com braços de titânio e espadas e armaduras de ouro; e começam a aniquilar os dinossauros, mas como são guerreiros, começam a matar também as pessoas comuns, inclusive o exército, pensando que são todos inimigos. E claro, Julio Cesar aproveita pra dar mais uma rapidinha na Cleópatra.

 E enquanto isso acontece, Gordon Freeman luta para nos salvar, mas não sabemos se ele conseguiu porque o Episódio 3 ainda não foi lançado. Mas sabemos que ele tem pouco tempo, pois o buraco negro continua se expandindo, sugando tudo aos poucos, enquanto o G-Man aparece do nada pra ficar falando umas merda sem sentido pra ele. Mas provavelmente no fim os romanos ganham como sempre, conquistando tudo. E um super portal gigante se abre, ao mesmo tempo que o buraco negro o engole, criando um paradoxo temporal. Esse portal, mesmo assim, acaba enviando o planeta para o passado em um universo paralelo, onde lá o humano estará fadado a cometer os mesmos erros que sempre cometeu. Até que o mundo acabe. Mais uma vez.