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21/03/2011

Meus parabéns!

 Poxa, cara, parabéns aí velho, de boa, muito legal.

 Contei pra todos aqui da minha familia, todos acharam muito surpreendente e pediram pra te dar os parabéns, queriam falar com você pessoalmente se possivel para lhe distribuir abraços e presentes. Disseram também que na festa de Natal irão contar para os parentes mais distantes e no ano novo lançarão baterias de fogos com seu nome. Contei esse seu feito também para alguns outros parentes mais próximos, reagiram tal qual minha familia, pediram seu endereço para mandar cartões e mensagem de parabenização, além de presentes, doces e tudo que você possa imaginar.

 Meus amigos não acreditaram quando eu disse que conhecia o dono desse feito tão imenso, sério, ficaram todos de boca aberta, disseram que farão seu nome ecoar por anos e anos. Quando os vizinhos ficaram sabendo do feito, ficaram todos boquiabertos, quiseram saber quem é você, pediu se, caso você tiver tempo, é claro, poderia passar aqui para receber presentes, congratulações e apertos de mãos.

 Com o esparrame da sua noticia, um grande empresario da região decidiu te contratar como presidente da empresa graças a esse seu surepreendente feito e ao mesmo tempo um grande acionista internacional; quer patrocinar shows para você para palestrar e ensinar todos a fazerem igual para que o mundo seja um lugar melhor. Você não só está famoso aqui na região quanto aí, mas também em todas as partes, todos sabem quem é você graças ao rápido esparrame da notícia, prefeitos de todas as cidades estão pendurando faixas, balões, teleféricos, instalando aparelhos de som, tudo o que possa fazer seu nome vibrar para ver qual cidade te consagra mais por esse seu feito magnifico. Aqui na minha cidade mesmo cada rua terá seu sobrenome a partir da próxima gestão da administração municipal.

20/03/2011

Desmotivado

 Um dilema que todo escritor enfrenta. Principalmente escritores descompromissados, que escrevem apenas por prazer. É temporário, mas é extremamente perturbador. O escritor desmotivado se sente perdido, no fim de uma linha que declina para o abismo; um túnel sem iluminação, finalizado por um muro de tijolos.

 O escritor desmotivado decide que é hora de ligar, voluntariamente, o seu cérebro, colocar-lo á funcionar á qualquer custo. Já que não redige bons contos, crônicas, romances, roteiros - ou quaisquer sejam os tipos de narrativas, prosas ou poesias que ele opta por escrever - há um bom tempo, o escritor decide sair pela manhã, em busca de inspiração.

 Decide ir primeiro à padaria, buscar alguns pães franceses recém-assados. O padeiro o atende de forma simpática, sorridente e atencioso. Inesperadamente, surge os primeiros rascunhos geniais de uma crônica que há tempos não surgia em sua mente. Ele julga-a espetacular. Ele não pode perdê-la. Assim que chega da padaria, o café-da-manhã é descartável no momento.

 Senta-se em frente ao computador, começa á escrever. Relê o primeiro parágrafo. Uma surpresa vem seguida de uma pequena decepção. Ele se depara que seu texto não ficou tão bom e que, no final das contas, a idéia não era tão boa assim. Julgou-a precipitadamente, e decide descartá-la.

 Ele retorna ao seu café-da-manhã. No mesmo dia, algumas horas mais tarde, o escritor decide ir ao parque, apenas para passear, e com intenção de novas idéias, mas como um objetivo secundário. Em meio á caminhadas, á observações contínuas sobre as árvores, arbustos e das demais pessoas que frequentam o local, seu raciocínio é interrompido por um sorveteiro á procura de clientes em meio ao clima fresco do dia. Geralmente, escritor é uma pessoa calada, observadora e fria, porém este é simpático quando quer, e um companheiro muito agradável. Quando menos esperava, estava sendo incrivelmente simpático com toda o sorveteiro, que por ora, esbanjava alegria com toda o seu modo extrovertido de ser.

 E mais uma vez, um rascunho genial se passa pela sua mente. Ele volta para casa, aquele picolé era inútil. Enquanto lapidava as frases em sua cabeça, o mundo não interessava mais lá fora, e seu caminho para casa era traçado automaticamente pelas suas pernas. Ele chega, sente em frente ao computador. Começa mais uma vez o processo de escrita. E novamente vem o sentimento de decepção. Não é uma boa idéia. Isso o desmotiva ainda mais. Não interessa o quanto ele tente reescrever. O seus pensamentos tomado pelo sentimento de desmotivação não o fazem colher bons frutos.

 E esse ciclo vicioso continua, cedo ou tarde. Não há como evitar. Faz parte. Mas é uma merda.

12/03/2011

O subconsciente

 Uma confusão de sentimentos. Uma confusão de pensamentos. Você não sabe nem mesmo o por quê. Uma morte, talvez? Uma perda muito grande, uma forte briga com o namorado(a), ou o fim do relacionamento, ou o começo de uma paixão, o começo de um novo laço com outro indivíduo. Uma simples bronca do pai, ou da mãe, uma poesia, um texto, uma música, um livro, algo que te fez parar para pensar. Incerteza, insegurança, inferioridade, auto-estima, medo, angústia. Algo que começou á cutucar o seu antro cerebral, e, involuntariamente, sua mente começa á te encher de pensamentos e sentimentos confusos, seja em relação á si mesmo, ou não. Não há classificação de importância para o motivo de uma confusão de pensamentos e sentimentos. Apenas acontece. E você tenta não dar muita importância á isso, e tenta seguir em frente em sua vida.

 No entanto, é tudo muito difícil. Você resolve isso de três maneiras: Naturamente, onde, inexplicavelmente, você acaba por resolvendo todos os seus problemas mentais que te atormentam, mesmo que de forma pequena e não tão dolorosa, ou simplesmente os esquece; Ajuda, onde você procura amigos, terapeutas/psicólogos/psiquiatras para lhe ajudar em seu enigma; Expressar-se, da qual você escreve, seja crônicas, poesias ou músicas, seja como quiser. E é desta maneira que vós faço.

 Isso poderia ser bem mais fácil. Você poderia identificar seus pensamentos e emoções, etiquetá-los, resolvê-los com seu raciocínio, e voltar ao estado de espírito normal, despreocupado com um amontoado de idéias confusas e inconcretas. Mas você tem que enfrentá-las. Enfiar uma faca em sua mente. Capturar uma por uma. Até que você realmente descobre o que está se passando. Você encara sua confusão mental e decide explicar-se á si mesmo porque está lhe ocorrendo todos esses dilemas. Uma pequena batalha se inicia entre seu raciocínio e seu sub-consciente.

 Você finalmente se resolve. Seja naturalmente, através de apoio, ou expressando-se por meio de alguma veia poética que liberara em você naquele instante. Seu sub-consciente está tranquilo. Por enquanto.