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16/06/2012

Pequenos incidentes gastrointestinais #3

As melhores histórias da qual eu protagonizei envolvem em sua maioria momentos inoportunos para LIBERAÇÕES FECAIS CATASTRÓFICAS.

 A mais recente aconteceu há alguns dias. Sentado no computador, começo a sentir uma borbulhação incômoda na barriga, e já sabia que estava prestes a entrar em combustão defecatória. Obviamente decido liberar pequenas doses de metano intestinal, como se estivesse abrindo e fechando rapidamente uma tampa de Coca-Cola cheia de gás. Só pra aliviar e sentir a minha barriga murchando levemente como um doce e harmônico esvazio de uma bexiga.

 Nada mais previsível: uma pequena porção de pasta fecal escapa do meu esfincter. Sobe a marola de podre, concluo: estou defecado. Me dirijo ao toalete pra expurgar tudo de uma vez e aproveitar pra já jogar a cueca no balde, já que só tinha sido um pouco mesmo

 Tudo bem até aí. O único porém é que a densidade do bolo merdístico estava tão AGUADO que ultrapassou a minha cueca e sujou a calça de bosta também. Então o jeito era colocar a calça pra lavar, ficando só de camisa. Só que como eu estava na parte de cima da casa e só dava pra tomar banho no banheiro lá de baixo, eu precisava passar por toda a minha família, que estava em casa.

 Sem cueca, sem calça, e sem nem ao menos uma toalha pra proteger as partes íntimas pra ir tranquilamente até o banheiro que dava pra tomar banho. O que fazer? Enquanto eu tramava um plano lá em cima pra descer, meu pai sobe pra falar comigo, e eu saio pro banheiro e quase ele me pega só de camisa e com a bingola ao ar livre. Imagine o desespero ao ouvir os passos de alguém indo em sua direção quando você está de camiseta, em uma saia justa. Só que sem saia.

 Única solução: coloco a calça melada de merda encostando nas minhas nádegas - e estando frio no dia em questão - e me encaminho ao banho torcendo pra ninguém avistasse nos meus glúteos aquela freada deliciosa cor marrom-claro. Entro no banheiro com aquele passo característico de gente que está cagada, mas que tenta disfarçar. Tomo banho, volto para o computador, sento e percebo que a cadeira ainda está com odores de fezes. Lindo.

08/06/2012

A história de Jack Johnny

 A história de hoje é sobre Jack Johnny. Um cara que era conhecido por sua idolatria pelo automobilismo e, principalmente, por características excêntricas de sua personalidade. E uma dessas peculiares não-convencionalidades eram seus três desejos. Suas três maiores metas, sonhos de vida. E ele as contava para todos os seus amigos e pessoas novas que conhecia, sem nenhuma cerimônia.

 O primeiro desses sonhos de Jack era conseguir manejar um veículo em uma avenida qualquer. Aparentemente normal, exceto de que ele deveria estar posicionado no assento de ponta cabeça. Provavelmente também estar recebendo um oral de duas negras coreanas albinas com pentagramas invertidos pintados na testa, mas Jack não pensou sobre isso. O narrador é que está inventando essa idiotice.

 O segundo desses objetivos extravagantes era sofrer um acidente de carro. Não podia ser doméstico ou de trabalho. Tinha que envolver veículos e, opcionalmente, feridas expostas e membros decepados. Nenhum que pertencesse á ele, obviamente. Ele não poderia se ferir de modo fatal, apenas fazer parte do mesmo. Psicologicamente, era algo que o perseguia desde criança e que estava diretamente conectado ao seu fascínio automobilístico.

 O terceiro e último esdrúxulo desejo, assim como o único que não era ligado à sua veneração por motores em quatro rodas, era também o seu desejo principal. Como todo desejo de um homem hétero viril, - de modo que era Jack Johnny - ele queria - á grosso modo - ter seu pau arrastando no chão.

 E em um certo dia, pôs-se a botar seu primeiro sonho em prática. Jack Johnny cuidadosamente se posicionou de ponta cabeça no seu veículo, e dirigiu excepcionalmente pelas avenidas e ruas da cidade. E o primeiro sonho de Jack se realizou.  Exceto de que não era bem do jeito que ele pretendia. Pois enquanto trafegava rapidamente, com a cabeça virada para o núcleo do planeta Terra, desafiando as leis da gravidade para manter seu tronco suspenso no ar e virado para o cosmos, ele se acidentou. Pancada violenta, com outro carro envolvido. E assim como queria Jack, o acidente envolveu membros fraturados e cortes. E o seu segundo objetivo foi alcançado com êxito.  Exceto de que não era bem do jeito que ele pretendia. Os membros fraturados eram de Jack, e não de outra pessoa.

 As pernas de Jack ficaram presas na ferragem, e por conta do grave acontecido, suas pernas ficaram sem circulação e oxigenação por muito tempo até que o resgate dera conta de desprendê-lo de lá. Por conta disso - além do fato da perna ter sido totalmente destruída pelo impacto - Jack Johnny teve que ter seus membros inferiores totalmente amputados. E cadenciado pelos desejos anteriores, sua terceira e maior meta foi cumprida. Com as pernas amputadas, ele finalmente estava com o pau arrastando no chão. Exceto de que não era bem do jeito que ele pretendia.

 Moral da história: Jack Johnny andava idolatrando muito o automobilismo. Hoje, somente idolatra muito o automobilismo.

He's coming for you. Smile for The Operatr